Média Pico
Dorsal Dorsal Dorsal Dorsal
Lento Rápido Lento Rápido
Média 56,89 77,22 103,11 142,44
Mediana 47,5 56 75 85,5
Desvio Padrão 44,92 61,31 89,81 120,77
Limite Inferior 36,14 48,90 61,62 86,65
Limite Superior 77,64 105,54 144,60 198,24
p-valor 0,001 0,004
Para a posição de dorsal, concluímos que existe diferença significante entre as velocidades, tanto para a média quanto para o pico. Averiguamos ainda que em ambas as situações a maior média se encontra sempre na velocidade rápida.
Média Pico
Frontal Frontal Frontal Frontal
Lento Rápido Lento Rápido
Média 30,00 38,00 57,11 67,44
Mediana 25,5 28,5 47 65,5
Desvio Padrão 21,40 24,70 39,20 31,12
Limite Inferior 20,11 26,59 39,00 53,07
Limite Superior 39,89 49,41 75,22 81,82
p-valor 0,009 0,107
Concluímos que existe diferença média estatisticamente significativa entre as velocidades para a posição Frontal somente nos valores de média, onde inclusive, a média da velocidade rápida é de fato maior que a média da velocidade lenta. Para pico não foi encontrada diferença significante entre as velocidades.Continuaremos comparando as velocidades, mas agora para a posição de dorsal.
Média Pico
Dorsal Dorsal Dorsal Dorsal
Lento Rápido Lento Rápido
Média 56,89 77,22 103,11 142,44
Mediana 47,5 56 75 85,5
Desvio Padrão 44,92 61,31 89,81 120,77
Limite Inferior 36,14 48,90 61,62 86,65
Limite Superior 77,64 105,54 144,60 198,24
p-valor 0,001 0,004
Para a posição de dorsal, concluímos que existe diferença significante entre as velocidades, tanto para a média quanto para o pico. Averiguamos ainda que em ambas as situações a maior média se encontra sempre na velocidade rápida.Continuando, vamos comparar a posição frontal versus dorsal para o passo rápido:
Média Pico
Frontal Frontal Frontal Frontal
Rápido Rápido Rápido Rápido
Média 38,00 77,22 67,44 142,44
Mediana 28,5 56 65,5 85,5
Desvio Padrão 24,70 61,31 31,12 120,77
Limite Inferior 26,59 48,90 53,07 86,65
Limite Superior 49,41 105,54 81,82 198,24
p-valor 0,002 0,006
Averiguamos que, também para o movimento rápido, existe diferença entre as posições que são consideradas estatisticamente significantes, tanto em média quanto em pico. Verificamos ainda que a média da posição dorsal é sempre a maior que a média da posição frontal.O presente estudo foi realizado apenas em indivíduos sem comprometimento motor, com o intuito de excluir possíveis interferências de tônus ou alterações de equilíbrio. A análise comparativa foi realizada através de testes estatísticos individuais, ou seja, a variação do recrutamento muscular foi vista de acordo com os dados do indivíduo com ele mesmo, para então serem pareados com os demais.Com isto, pudemos observar a interferência direta da velocidade da andadura do cavalo no grau de recrutamento muscular, como também a mudança de postura variandosignificativamente o recrutamento muscular. A variação do passo no cavalo, velocidade, estimulação da direção e equilíbrio têm comoresposta o deslocamento do centro de gravidade do paciente, facilitando na dinâmica daestabilização postural e restabelecimento da desordem motora.1,4,7,8 Portanto, é necessário que o paciente aumente o recrutamento muscular para manter-se sobre o cavalo, o que se pôde observar na diferença de ativação da musculatura analisada deste em quaisquer das posturas, em comparação tanto com o cavalo no passo lento, como deslocando-se em maior velocidade – sempre mantendo a andadura ao passo. O sistema nervoso central interpreta estes desequilíbrios como instabilidades posturais capazes de provocar queda, respondendo com aumento do tônus postural. Assim, os eretores da coluna são ativados como forma de manter suas reações de equilíbrio. Gusman e Torre (1998) definem que as reações de equilíbrio servem para ajustar a postura, manter e recuperar o equilíbrio antes, durante e depois do deslocamento do seu centro de gravidade. O estudo da atividade muscular durante os movimentos do passo do cavalo é de suma importância para o fisioterapeuta, podendo este, a partir destes dados, realizar as mudanças posturais de forma mais direcionada a cada paciente. Com os resultados obtidos, pudemos concluir que a postura dorsal solicitou sempre maior ativação muscular dos eretores lombares, conseqüentemente, é a postura que irá trabalhar com maior intensidade o controle do tronco. Na prática clínica nos deparamos com alguns pacientes que apresentam limitações articulares, decorrentes de espasticidade severa, encurtamentos musculares, e outras complicações. Estas limitações muitas vezes impedem as mudanças posturais que poderiam ser realizadas numa sessão de hipoterapia. Com isto, o trabalho baseado na velocidade do passo do cavalo tornase essencial para o direcionamento do ganho motor desejado a determinados pacientes. Vimos neste estudo que o recrutamento muscular variou significativamente nas mudanças da velocidade do passo do cavalo, o que na prática significa que, mesmo sem alterar a postura sentada no cavalo, podemos recrutar de diferentes formas e intensidades a musculatura do tronco, variando assim a intensidade do trabalho postural, sem precisar deslocar o paciente sobre o cavalo. Com isto, sugerem-se futuros estudos aplicados a patologias diversas, traçando assim a conduta terapêutica mais adequada para cada patologia tratada.
Autora: Rebeca de Barros Santos Co-autores: Fábio Navarro Cyrillo,Mayari Ticiani Sakakura,Adriana Pagni Perdigão,Camila Torriani
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