Uma alimentação adequada para os eqüinos é fator vital para o bom desenvolvimento da criação. Sem uma dieta correta, estes animais podem apresentar os mais diversos problemas. Nesse contexto, os minerais têm importante participação na formação do esqueleto e nos processos fisiológicos que acontecem durante toda a vida de um eqüino.A ração de cavalo típica, composta de forragens e grãos, não provê de uma quantidade razoável de sais para o seu animal. Esta necessidade torna-se mais crítica em tempos quentes e úmidos, principalmente em cavalos de esportes, mas serve como alerta até mesmo para cavalos a pasto. Assim, não deixe de dar sal para seu cavalo. Geralmente, observamos cristais salgados secos, em cima da garupa dos cavalos inativos ou em pasto. Esta perda de sal deve ser reposta. A insuficiência de sal também pode levar o cavalo a adquirir hábitos indesejáveis, como por exemplo o de comer as fezes, numa tentativa de repor o nível de cloreto de sódio e ainda perda de apetite e pêlos, cabelos ásperos e opacos, crescimento reduzido e baixa produção. Em dias quentes e úmidos os cavalos também podem parecer facilmente cansados e não executar funções que normalmente desempenhariam, ocasionados pela deficiência salina. Com temperaturas elevadas, umidade e intensidade de exercícios, os cavalos suam mais portanto, perdem mais sais minerais. O sal também é eliminado na urina e pelas fezes . Um cavalo com cerca de 460kg de peso, em descanso ou trabalho ligeiro pode comer 4 colheres de sopa de sal grosso por dia, distribuídos na ração. Esta afirmação serve para cavalos que comem cereais (aveia, cevada). Se comer ração concentrada convém diminuir a quantidade de sal, subtraindo a quantidade já presente na dita ração. Os cavalos que comem cereais têm mais carência de sal.Mesmo administrando sal na ração é aconselhável providenciar uma pedra de sal na boxe a não ser que o seu cavalo tenha o vício de comer o bloco de sal à dentada, ingerindo sal em excesso o que provocará problemas. Também, use sal mineral junto com o sal branco. Minerais em pequenas quantidades são essenciais. Coloque a mistura de sal mineral e sal comum em um lugar seco fora da chuva. Faça os cavalos terem uma provisão de água limpa e fresca. O consumo de sal aumenta o de água. Não dê sal em excesso. Não há nenhuma necessidade de acrescentar mais do que 1% de sal do total da ração de grão. Sal “ad-libitun” (para consumo voluntário) também é recomendado. cavalo que transpira abundantemente perde grandes quantidades de cloreto de sódio e ainda de cálcio, magnésio e potássio. Nesse caso não aumente a dose de sal que lhe dá diariamente. Em vez disso, dê-lhe uma mistura de electrólitos bem equilibrada meia hora antes do esforço e de novo após o trabalho. No entanto deve dar-se atenção aos regulamentos das provas desportivas pois algumas delas não permitem a sua utilização. Os electrólitos só devem ser administrados nas doses adequadas e só quando o cavalo efetua trabalho intenso.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
O Perigo da Desitratação
É notório o aumento da temperatura nessa época do ano . Em todo o país a sensação térmica aumentou em média dois graus e , assim como nós , os cavalos sofrem com o trabalho perdendo líquidos de forma excessiva . Geralmente as pistas de equoterapia e equitação estão expostas ao ar livre fazendo com que a temperatura do piso (areia,terra,etc) alcance altos graus de calor refletindo às ferraduras e aos cascos dos cavalos . Diante de temperatura elevada o resfriamento natural do cavalo pela sudorese e urina entra em disfunção dando causa a preocupante desidratação .Diz-se que um animal está desidratado quando o nível de água no organismo é inferior ao mínimo necessário para o normal funcionamento de todas as funções metabólicas. Neste artigo vamos explicar o mecanismo que conduz à desidratação no cavalo, as respectivas consequências, e principalmente como prevenir e/ou tratar a desidratação.O cavalo, tal como todos os mamíferos, tem necessidade de manter a temperatura corporal constante dentro de limites rígidos (entre 37 e 39ºC). Isto é obtido através de mecanismos termoreguladores. Durante o exercício físico, os processos químicos envolvidos em fornecer energia para a actividade muscular produzem uma quantidade de calor significante, como produto secundário. Como resultado, a carga térmica a que o organismo estaria sujeito, se não tivesse capacidade para se libertar deste excesso de calor, seria tremenda, conduzindo facilmente a um estado de choque por sobreaquecimento (choque de calor ou choque hipertérmico).São três os principais mecanismos que o cavalo usa para se libertar do excesso de calor produzido durante o exercício físico (mecanismos termoreguladores):1. a respiração rápida2. a redistribuição da circulação sanguínea para a pele3. a transpiração .Em certos animais, como por exemplo os cães, a respiração rápida é o principal mecanismo de libertação de calor; no entanto nos cavalos a respiração contribui para a libertação de apenas cerca de 20% do calor total, sendo a transpiração e a redistribuição sanguínea os principais mecanismos de dissipação de calor. Durante exercício físico intenso um cavalo pode perder 10 a 15 litros de fluidos por hora. Para compensar estas percas, o cavalo tem necessidade de aumentar o consumo de água e/ou reduzir o volume de urina. Contudo, por razoes não esclarecidas, há vezes em que o cavalo não se rehidrata durante ou após um período de exercício, apesar de uma extensa perca de fluido. A sede é o mecanismo através do qual o corpo reconhece que tem necessidade de ingerir água. Os estímulos fisiológicos da sede são o aumento da concentração de sódio no plasma; e/ou um estado de hipovolémia, isto é, diminuição no volume de fluidos no sistema circulatório. O sódio é o principal electrólito no mecanismo da desidratação. O sódio existe no organismo dissolvido em água. Quando o organismo perde agua, a concentração de sódio aumenta, despertando um sinal que é transmitido ao cérebro com a indicação de que precisa de mais agua. Este é o mecanismo estimulador da sede. O suor do cavalo pode ter uma composição em sódio igual ou superior à do plasma sanguíneo, dependendo do tipo e duração da actividade física executada. Isto acontece porque quando um cavalo transpira, as grandes percas de fluido são acompanhadas de uma certa perca de sódio. Posto isto, podem ocorrer duas situações:Se o suor transpirado tiver uma concentração de sódio semelhante à do plasma, a concentração de sódio no plasma mantém-se constante. Nestes casos a sede é estimulada devido a diminuição de fluido no organismo. O organismo reconhece que precisa de mais água. Contudo, se o suor transpirado tiver uma concentração de sódio superior à do plasma, o que implica a perca de elevadas quantidades de sódio a partir do plasma, a concentração de sódio no plasma diminui. Quando isto acontece, o organismo pode não reconhecer o déficit de fluidos, pois proporcionalmente, em relação à água, o sódio esta diluído. Nestas circunstâncias, o mecanismo da sede não é estimulado até que se verifique uma diminuição severa no volume de fluidos no sistema circulatório, com consequências graves nas restantes funções metabólicas do organismo, nomeadamente no sistema circulatório e urinário. Outros fatores que podem afectar o equilíbrio de fluidos no organismo de cavalos durante o exercício físico são o modo como o cavalo bebe água e o maneio do cavalo durante o treino e/ou competição. O transporte, por exemplo, pode causar uma redução no consumo voluntário de água.Além disso, há treinadores que por vezes restringem o consumo de água antes de uma prova, com a intuição de evitar que o cavalo carregue peso extra. Contudo, está cientificamente provado, tanto em cavalos como em atletas humanos, que a restrição de água antes de um período de exercício prolongado pode ser prejudicial por causar um estado de desidratação severo, que por sua vez reduz o volume plasmático suficientemente para afectar a dissipação de calor. Um animal desidratado não pode transpirar adequadamente. Uma das funções da transpiração é libertar o excesso de calor produzido durante o exercício físico. Se o cavalo não consegue transpirar adequadamente ao ritmo que o organismo produz energia calorífica, o animal corre elevados riscos de sofrer de choque hipertérmico, com consequências devastadoras, incluindo danos no sistema nervoso. Em relação ao modo de administração de água, estudos científicos demonstraram recentemente que os cavalos bebem consideravelmente mais água quando esta lhes é fornecida em baldes de água fresca a uma temperatura de 10 a 12ºC, mudada duas vezes ao dia, do que quando têm acesso livre e directo a bebedouros automáticos. Está também provado que, para compensar as percas na transpiração, uma solução salina isotónica contribui para a manutenção do volume plasmático e restituição da perca de peso de um modo mais distinto e duradouro do que simplesmente água. A escolha de uma solução de electrólitos para rehidratação é especialmente importante em cavalos submetidos a exercício físico várias vezes ao dia e/ou durante exercício de endurance (ie: raides), particularmente em condições de temperatura e humidade elevadas. A alimentação do cavalo de competição deve conter um teor elevado de electrólitos (particularmente sódio e potássio) para compensar as percas causadas pela transpiração. Uma dieta de manutenção deve ser suplementada com um "bloco de sal" e/ou administração de electrólitos na água ou ração conforme o paladar do cavalo. Note-se no entanto que existe uma grande variação individual no consumo voluntário de água entre cavalos. Posto isto, não se deve concluir que só porque um cavalo bebe menos que os seus companheiros está desidratado ou vai ser afectado por desidratação durante ou após exercício. O grau de desidratação e teor de electrólitos podem ser avaliados através de análises ao sangue. O ideal é colher análises regularmente para cada cavalo para determinar os valores normais para cada indivíduo. Deste modo uma ligeira alteração poderá ser detectada com maior sensibilidade. Por outro lado, tradicionalmente, o grau de desidratação é estimado clinicamente ao puxar uma prega de pele na tábua do pescoço ou, talvez um pouco mais exacto, na pálpebra superior. Se a marca deixada na pele não desaparecer ao fim de poucos segundos significa que a pele perdeu elasticidade por desidratação. Note-se contudo que este é um método bastante grosseiro e inexacto e como tal requer bastante experiência; deve ser avaliado, não isoladamente, mas em conjunto com uma avaliação clinica completa. Outros parâmetros clínicos importantes são a frequência cardíaca e frequência respiratória, bem como a temperatura rectal, que permite avaliar o risco de choque hipertérmico. Existem certas semelhanças entre cavalos e humanos, especialmente no que diz respeito aos efeitos da desidratação sobre a ´performance´.Proporções idênticas da perca de líquidos têm o mesmo efeito sobre homem e cavalo: 2% afecta a 'performance', 10% provoca insolação e 15 a 20% é fatal.A água é um dos componentes mais importantes do sangue. Para uma perca de 1% de peso por desidratação perdemos 2,5% de volume do plasma sanguíneo.Uma vez que o sangue transporta oxigénio e outros nutrientes para os músculos, despojando-os dos já utilizados, menos sangue significa que nos cansaremos mais rapidamente.Em competição é fácil mantermo-nos algum tempo sem beber, particularmente quando temos vários cavalos para montar mas este facto pode afectar o raciocínio. Com a desidratação o corpo mantém-se à frente da situação: a perca de 200ml de fluídos dispara a função de conservação de água, estimulando eventualmente a sensação de sede, mas, estaremos desidratados antes de sentir sede - é importante ingerir líquidos ao longo do dia. Beber litros de água não é suficiente. Necessitamos de glicose e electrólitos. A nossa meta é consumir de 100 a 200ml de líquidos do tipo 'isotónico' de 20 em 20 minutos.Depois da água é necessário comer hidratos de carbono. O excesso de gorduras acabam como gorduras armazenadas, por isso é de evitar comer muita carne.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Os Quatro Programas Básicos de Equoterapia
Nosso objetivo enquanto veículo de comunicação é, além de divulgar a Equoterapia , de contribuir para o desenvolvimento técnico - científico do Método . A equoterapia trata-se de uma terapia de reabilitação e desenvolvimento biopsicosocial de eficácia comprovada e aprovada pelo Conselho Federal de Medicina em Sessão Plenária de 09 de abril de 1997 Parecer 06/97 , cujos resultados , no entanto , estão diretamente relacionados a correta execução do atendimento , de acordo com as normas e diretrizes da entidade regulamentadora ANDE BRASIL . Com esse intuíto , decidimos republicar algumas instruções normativas e comunicados da entidade para que todos possam ter conhecimento e optarem pelo centro de Equoterapia ideal e ainda atuarem como agentes fiscalizadores do direito de informação . Abaixo esclarecemos um ponto específico que ainda causa dúvida até mesmo em profissionais habilitados e centros credenciados ; os programas básicos de atendimento . Muitos ainda insistem em propagar a existência de apenas três programas : o programa de hipoterapia , o programa de educação e reeducação e o programa pré esportivo alegando que o programa esportivo ou de equitação adaptada não está previsto no Método , e que para seu desenvolvimento há necessidade de profissionais e cavalos com habilitações específicas , e muitas vezes cobrando por isso . Pedimos agora maior atenção ; tal prática além de ser imoral incorre em crime de Estelionato (Título II, Capítulo VI, Artigo 171 do Código Penal Brasileiro), tendo em vista que não são três e sim quatro os programas básicos de equoterapia , sendo o programa esportivo o integrante do método de atendimento desde 2005 ,devendo todos os profissionais de Equoterapia e neste caso especialmente o Profissional de Equitação Habilitado em Equoterapia estarem aptos e possuirem conhecimento técnico para atuar inclusive neste quarto programa , bem como os cavalos , que desde sua seleção devem possuir qualidades para a atividade esportiva equestre , fazendo parte de seu próprio treinamento periódico . Concluindo , são então quatro programas de atendimento devendo o praticante ter a sua disposição o acesso a todos os programas de acordo com suas potencialidades e seu desenvolvimento .
O presidente da Associação Nacional de Equoterapia, de conformidade com os artigos 3º e 4º do Estatuto, resolve aprovar as seguintes modificações, no que respeita aos conceitos atualmente vigentes ;Fica criado mais um programa classificado como básico, que será chamado "Programa Esportivo". Suas principais características são as seguintes: é, também, aplicado nas áreas de reabilitação e educação; o praticante deve ter boas condições para estar a cavalo, já podendo participar em competições hípicas; a ação do profissional de equitação é mais intensa, necessitando, contudo, da orientação dos profissionais das áreas de saúde e educação.Este programa visa não só a inserção social, mas também o prazer pelo esporte/competição, melhoria da qualidade de vida, o bem-estar e a auto-afirmação. Ao praticante de Equoterapia, após o programa Pré-esportivo, abrem-se caminhos em termos de competição, podendo, inclusive, participar de provas hípicas nas modalidades: Paraolimpíadas; Olimpíadas Especiais; Hipismo Adaptado/Especial.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Habilitação ANDE BRASIL
A Associação Nacional de Equoterapia informa que os cursos e eventos reconhecidos são aqueles que tiveram suas propostas analisadas e aprovadas, de acordo com as normas estabelecidas pela Coordenação de Ensino da ANDE-BRASIL. Os referidos cursos são divulgados com a devida antecedência no nosso site no link Cursos e Eventos Reconhecidos. Aos centros filiados é autorizado o uso da nossa logomarca apenas para divulgação do centro enquanto instituição credenciada. A realização de qualquer outro evento e cursos que desejarem o reconhecimento e a inclusão no site deverão solicitar as normas junto à coordenação competente.Constatamos que atendimentos de pessoas com necessidades específicas com o cavalo e sobre o cavalo estão acontecendo com outras denominações que não seja a de Equoterapia® e fora das bases e fundamentos doutrinários da ANDE-BRASIL, aprovadas pelos Conselho Federal de Medicina (CFM), Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO). Após conquistar credibilidade para o importante Método Terapêutico, nos âmbitos nacional e internacional, fruto de longos anos de lutas, não há como aceitar que pessoas ou entidades não credenciadas trabalhem fora dos parâmetros éticos, técnicos e científicos, preconizados pela ANDE-BRASIL, introdutora e responsável pela integridade e credibilidade dos resultados alcançados pela Equoterapia®. Pretendemos, este ano, em conjunto com o Ministério da Educação (MEC), realizar um senso nacional dos centros que trabalham com o cavalo e sobre o cavalo para que possamos colaborar com o Ministério de Saúde na regulamentação e controle desta prática a ser paga pelo Sistema Único de Saúde – SUS.
A Equitação Científica do Novo Século
Os nômades da Ásia Central, desprovidos de ciência, foram os melhores cavaleiros do mundo. No Ocidente, 3.400 anos depois, Federico Caprilli, foi contemporâneo de Ivan Pavlov, Charles Sherrington e Sigmund Freud que começavam a desvendar o mundo da fisiologia, da bioquímica e da psicologia. Caprilli elevou o cavalo de objeto a indivíduo — o que estava em perfeita sintonia com o avanço da ciência do seu tempo, e também com a equitação dos nômades! Mas, o que acabou sendo a equitação científica no século 20? A ciência é um conjunto de conhecimentos obtidos mediante a observação e a experimentação dos fatos. Entretanto os cientistas ocidentais, urbanos e sedentários, sempre tiveram grande dificuldade em entender o conjunto de conhecimentos que os povos ditos 'primitivos' obtêm, não através da das pesquisas mas, simplesmente por eles serem uma 'parte' natural do sistema ecológico. "Como o mundo é governado das cidades, onde os homens se acham desligados de qualquer forma de vida que não a humana, o sentimento de pertencer a um ecossistema não é revivido", escreveu Berthrand de Juvenel. Outra dificuldade que tem atravancado o pensamento ocidental acerca dos conhecimentos das sociedades primitivas é que, sendo a ciência tratada como uma 'ideologia secular de progresso', aos olhos do homem moderno uma tribo de indígenas, vivendo na Idade Neolítica, simplesmente não poderia saber mais do que um cientista, acerca de qualquer coisa. No Brasil, aprendemos com Darcy Ribeiro que um índio Kaiapó, por exemplo, tem uma sofisticada classificação do seu meio ambiente que lhe permite viver com fartura onde o etnólogo Claude Levi-Strauss, com toda a sua sabedoria científica, morreria de fome. O nômade da Ásia Central e o seu cavalo formavam um sistema fisiológico integrado - sintonizado à perfeição por muitos séculos de aprendizagem bilateral. Um cita montava a cavalo como a Márcia Haydée dança balé ou o Von Karajan rege uma orquestra - com a sabedoria da alma. Os cavaleiros nômades não precisavam de livros para passar os seus conhecimentos eqüestres para as novas gerações - todo membro da sociedade começava a aprender o ofício eqüestre desde quando nascia. Entretanto, nas sociedades urbanas e sedentárias, organizadas em profissões especializadas, é muito diferente. As técnicas eqüestres precisam ser registradas em livro para ser ensinadas para as novas gerações. Aí surgiu o problema da equitação científica no século 19: como conhecer a fisiologia da equitação se nem a ciência e muito menos a sociedade, conheciam a psicologia, a fisiologia, a neurofisiologia e a bioquímica do cavalo e a sua função na equitação? Entretanto, os grandes mestres equitadores do passado sempre procuraram dar uma orientação científica ao seu trabalho. Pluvinel, no século 17, sem entrar em maiores detalhes, deixou claras as vantagens da equitação racional e 'científica' em oposição aos métodos brutais e irracionais. Durante o século 19, a física e a mecânica avançaram com uma velocidade cada vez maior, e assuntos que eram matérias distintas começaram a convergir, criando novas sínteses e novas descobertas. Mas as palavras de Baucher ecoam nos dias de hoje como uma descrição puramente mecânica - "Cada movimento do cavalo é a conseqüência de uma posição específica que, por sua vez é produzida por uma força 'transmitida' pelo cavaleiro". A imagem que temos do cavalo descrito por Baucher é a de uma máquina, formada por pistões e alavancas, e a força do cavalo é descrita como se emanasse do cavaleiro, todo poderoso. O cavaleiro de Grisone e de Baucher era o centro do mundo eqüestre (assim como, na antigüidade, a Terra era o centro do universo), e nos seus livros o cavalo e a equitação se transformaram numa grande metáfora da ciência mecânica. Já, no século 20, as idéias de Caprilli elevaram o cavalo de objeto mecânico a indivíduo sensível, capaz de fazer julgamentos próprios — um salto monumental sobre o mecanicismo do passado. Caprilli insistia que o cavalo experiente é perfeitamente capaz de julgar a distância, e decidir se deve aumentar ou diminuir os seus galões e regular o momento do salto. "Tudo o que é necessário é o cavaleiro interferir o mínimo possível no equilíbrio natural do cavalo, e se ajustar à maneira do cavalo se movimentar". Com as idéias de Caprilli, de repente, o cavalo e o cavaleiro se tornaram parceiros. Caprilli incorporou o cérebro do cavalo e o seu sofisticado sistema neurofisiológico à sua filosofia de trabalho e se tornou o mais importante cavaleiro da sua geração. Mesmo não conhecendo neurofisiologia, para ele, a fusão dos sentidos e a união dos gestos do conjunto eram fatores importantes na equitação. Nos circuitos de salto, as suas técnicas foram adotadas com grande sucesso e a equitação clássica estava pronta para dar um salto espetacular - da Idade Mecânica para ingressar na Era da Neurociência. Mas, naquele momento, o mundo parou de se preocupar com o cavalo, e todo o esforço científico - as novas e importantes descobertas da neurologia, da psicologia, da química e da informática (matérias que ninguém associou com a equitação) - se voltou para resolver os problemas sociais, políticos e econômicos, que pulularam no atormentado século 20. O cavalo e a equitação tornaram-se obsoletos, como uma pena de ganso depois da pena de metal, da pena de metal depois da caneta-tinteiro, da caneta tinteiro depois da máquina de escrever e da máquina de escrever depois do processador de texto. A banda próspera da humanidade parou de se interessar por cavalos para viver um tórrido romance com o automóvel; um terço da população do globo ardeu com a febre do comunismo, só curada com doses maciças de consumismo. Deus estava morto, Marx estava morto e o Homo-caballus era, aparentemente, mais uma espécie extinta. Com o discreto renascimento eqüestre nos anos 50, os 'entusiastas' do cavalo se voltaram para a Equitação Acadêmica do passado em busca das soluções para o presente, da mesma maneira que a sociedade medieval se voltou para a cultura clássica grega durante a Renascença italiana. As obras clássicas sobre equitação (algumas já discutidas aqui) foram desenterradas, espanadas e postas em prática, com grande reverência e respeito. A Idade Mecânica foi restaurada ao poder do mesmo modo que o universo aristotélico foi restaurado na Renascença - como se a revolução tecnológica do século 20 não estivesse em pleno curso. Infelizmente é preciso dizer que a equitação 'científica' do século 20 foi uma cópia xerox em preto e branco da equitação pouco científica do século 19. Precisamos urgentemente rever as técnicas da equitação clássica à luz das grandes descobertas científicas que estão mudando os paradigmas de todas as áreas do conhecimento humano.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
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I Seminário Brasileiro de Equoterapia
O I Seminário Brasileiro de Equoterapia visa divulgar a equoterapia como método terapêutico e educativo e o papel da Associação Nacional de Equoterapia – ANDE-BRASIL. Objetivos: Compreender as Bases e Fundamentos doutrinários da Equoterapia; Conhecer o papel da ANDE-BRASIL como introdutora da Equoterapia, suas finalidades, responsabilidades, problemas e perspectivas. Informar as diretrizes de trabalho que a ANDE-BRASIL estabelece aos centros de equoterapia, para que os mesmos realizem suas atividades de forma séria e ética. Público-Alvo: Profissionais das áreas da saúde, educação e equitação que pretendam trabalhar ou conhecer a Equoterapia. Profissionais das áreas governamental e/ou empresarial e organizações não governamentais que pretendam estimular a criação de Centros de Equoterapia e apoiá-los. Pessoas com necessidades específicas e seus familiares. Data e Local :16 e 17 de abril de 2010 ( sexta-feira e sábado) no Centro de Exposições Imigrantes - Rod. dos Imigrantes KM 1,5 - São Paulo/SP . Consulte a programação no site da Ande Brasil.
Artigo do Blog publicado na Revista Brasileira de Equoterapia
A Revista EQUOTERAPIA é uma publicação semestral da Associação Nacional de Equoterapia (ANDE-BRASIL), que juntamente com o site www.equoterapia.org.br se constiui no principal meio de comunicação para a difusão de artigos técnico-científicos bem como notícias, informações e reportagens sobre atividades equoterápicas no Brasil e no Exterior. Em sua edição numero 20 (páginas 14 a 16) foi publicado o Artigo " O auxiliar-guia e a condução do cavalo de Equoterapia" pesquisado, desenvolvido e publicado por Eduardo Colamarino , editor do blog Equitação e Equitação Especial . Para o público em geral, a ANDE-BRASIL disponibiliza um exemplar pelo preço unitário de R$ 10,00 (dez reais),já incluída a postagem pela ECT . Para aquisição acesse o site www.equoterapia.org.br .
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Instituto EQUUS e APAE
O Instituto EQUUS de Equoterapia Inclusão e Assistência Social e a APAE Cubatão firmam parceria no projeto de Equitação Especial e Equoterapia que passará a funcionar no Parque Cotia em área cedida pela Prefeitura Municipal de Cubatão . As instalações já estão em processo de conclusão e os atendimentos terão início em março deste ano 2010 . Para maiores informações envie email a equitacaoespecial@gmail.com . Aguarde a Inauguração do Primeiro Centro de Estudos Tecnicos e Equoterapia da Baixada Santista .
Probióticos
É um aporte de micro-organismos vivos que, introduzidos na dieta alimentar, melhoram as performances zootécnicas dos animais. Através destas substâncias, é possível facilitar a absorção de nutrientes pelo animal e promover um manejo adequado.O cavalo é um animal monogástrico, com estômago pouco volumoso e intestino bem desenvolvido. O intestino delgado possui a função de digestão enzimática Os alimentos permanecem lá por 1 a 2 horas e as enzimas produzidas pelo pâncreas iniciam sua ação. No intestino grosso, onde os alimentos permanecem por 24-48 horas, a digestão dos alimentos ocorre graças à ação da população microbiana. A perfeita atividade da flora intestinal permite uma boa utilização digestiva dos alimentos, pois a flora tem um efeito de barreira ecológica à instalação de germes (particularmente patogênicos). A boa higiene digestiva do animal dependerá também do equilíbrio da flora intestinal.Fatores de Desequilíbrio:As causas que levam a uma perturbação da flora intestinal são de diversas origens. Stress por: transporte, competição, em um período pós-operatório, distribuição irregular de refeições, erros alimentares na escolha de produtos com excessos protéicos e/ou desequilibrados em celulose, em períodos normais da vida das éguas como gestação e lactação.Conseqüências do Desequilíbrio:Queda acentuada da eficácia da dieta diária, logo com um estado geral não adequado à performance esportiva e à reprodução.Todos estes fatores predispõem o cavalo aos desequilíbrios de sua flora intestinal. Estes desequilíbrios, chamados dismicrobismo, poderão causar patologias digestivas que podem levar o animal à morte.A mais conhecida destas patologias é a síndrome cólica, uma das maiores causas de mortalidade dos cavalos.Além da síndrome cólica, este dismicrobismo predispõe o cavalo a quadros de Laminite (aguamento), patologia extremamente grave e que pode ser prevenida com um manejo adequado.O probiótico atua contra os desequilíbrios da flora intestinal. Graças à sua ação biorreguladora, ele permite encobrir os desequilíbrios, preservando assim suas funções essenciais de maneira geral e a saúde do cavalo.Mas para que um probiótico possa ter uma ação efetiva, e ser chamado de probiótico, ele deve possuir características particulares:- ser cultura viva (pode ser bactéria ou levedura);- estar em alta concentração;- ser oferecido em aporte contínuo (ininterruptamente);- ser resistente às enzimas digestivas e ao pH do estômago;- ser competitivo em relação aos germes digestivos.O que se procura quando se administra um probiótico ao animal é melhorar a eficácia alimentar através do aumento da atividade enzimática e aumentando a digestibilidade das fibras.Além disso, espera-se uma melhora no estado de saúde do animal, pois há uma elevação das defesas imunitárias com uma diminuição da ação dos germes patogênicos.Vantagens do Uso de Probióticos:Efeito Sanitário: Os cavalos apresentam uma melhora do estado geral (aspecto do pêlo, qualidade dos cascos, etc.) e sobretudo uma queda significativa dos problemas digestivos.Efeito Nutricional: Prevenindo e estabilizando os desequilíbrios da flora microbiana do organismo, o probiótico reforça as defesas imunitárias naturais, otimiza o aproveitamento da alimentação e reduz os problemas da digestão. De fato, obteve-se uma melhor cobertura das necessidades e uma segurança muito grande por limitar os efeitos das transições alimentares ou do stress.Nas Éguas: um aporte regular de alimento suplementado com Probiótico permite assegurar uma melhor lactação. As dietas diárias são melhores valorizadas e as éguas não perdem peso de modo excessivo após o parto e apresentam uma melhor qualidade leiteira com aumento dos níveis dos elementos nutritivos e minerais do leite. Devemos nos lembrar que uma égua, com um potro de 45-50 kg de peso ao nascer, deverá produzir diariamente de 16 a 18 litros de leite. A produção leiteira melhora qualitativamente e quantitativamente, o que permite ao criador obter potros mais robustos e resistentes.
André Galvão Cintra Médico Veterinário
Consultoria, Planejamento & Homeopatia
Técnicas de Pastagens
Normalmente, espécies forrageiras de elevada exigência em fertilidade do solo são de alto valor nutritivo para o cavalo. Deve-se atentar para a clássica pergunta: qual é o melhor capim para o cavalo? A resposta correta é: “Praticamente todos apresentam aspectos positivos e negativos, cabendo ao técnico a responsabilidade de saber utilizar adequadamente as características de cada um”. Calagem e adubação: Observa-se que o processo de calagem executado na maioria dos haras é feito de forma empírica, onde o “chutômetro” acusa quase sempre a cifra de 5t/alqueire (2t/ha). Na maioria dos casos o calcário é depositado sobre o solo intocado e incorporado via aração profunda. Como resultado do tombamento da leiva, o calcário vai se localizar após os 25 cm de profundidade não trazendo benefício na superfície. Outras ocasiões, a forrageira é implantada sem prévia correção do solo e, o calcário, então, é distribuído em cobertura à área plantada. Essa prática é altamente condenável, pois o efeito da calagem em cobertura é infinitamente menor que o calcário incorporado! Outro erro grosseiro é o uso de adubos fosfatados solúveis incorporados em solos ácidos, ou ainda o uso de adubos pouco solúveis em solos com pH acima de 6,0. O velho ditado “A pressa é inimiga da perfeição” aplica-se magistralmente nesse caso. Observa-se em grande frequência uma pressa prejudicial no uso da pastagem implantada, e essa utilização precoce leva à deterioração da massa vegetal em pouco tempo. O ideal seria uma ceifa da forrageira e não a utilização como pastejo, por ocasião do primeiro corte. Caso não seja possível, deve-se protelar ainda mais a entrada de animais no pasto. Dimensão, ração e adubação :Quase sempre os piquetes são muito grandes e o número de animais em pastejo, dentro do piquete, é muito pequeno. Como resultado dessa combinação, temos áreas subpastejadas (crescimento elevado da forragem e perda do valor nutritivo) ao lado de locais superpastejados, onde a emissão da brota do capim é imediatamente acompanhada de corte pela boca do animal. Visualmente, o piquete apresenta massa forrageira, mas na prática não há consumo do excedente e ocorre degradação das áreas hiperconsumidas. Como o rodízio dos piquetes demora muito para ser efetuado essa situação de desequilíbrio entre o crescimento da forragem e o consumo da mesma, perdura por um longo tempo. Quando o haras não tem um programa nutricional racional, o desbalanço entre os nutrientes provoca um comportamento típico dos equinos no pasto: eles se acumulam no canto do piquete, e permanecem parados com temperamento linfático (“ar de boi sonso”) durante horas. Esse comportamento agrava o quadro de degradação da pastagem descrito no ítem anterior e indica que a nutrição no haras está errada! Infelizmente devemos ressaltar que “o pasto serve para o cavalo se alimentar e não para deleite visual do proprietário”. Observa-se com bastante frequência uma utilização inadequada de adubo nitrogenado em cobertura, visando basicamente alterar a coloração da forrageira. Essa prática resulta no aumento de compostos nitrogenados não proteicos na planta (aminas, amidas, nitrosaminas, nitritos e nitratos) com prejuízo a médio e longo prazo da saúde animal. Um haras bem manejado nas suas pastagens apresenta um constante consumo da forragem, estado nutricional dos animais perfeito e mudanças na coloração da forrageira de acordo com o uso e a época do ano. Deve-se desconfiar do verde-azulado constante que exibem alguns haras ao longo do ano, pois isso evidencia uso abusivo de adubo nitrogenado e/ou adubação fora de época. O uso de irrigação para forrageiras tropicais durante o “inverno”, potencializa os efeitos deletérios da adubação (válido para as condições de SP, PR, SC, Sul de MG e MS). Erros na fenação de gramíneas :Infelizmente a esmagadora maioria dos haras que apresenta estrutura de fenação não consegue produzir feno, somente palha (cama). O verdadeiro feno de gramínea deve apresentar coloração esverdeada, consistência macia, odor característico e ausência de substâncias estranhas. Os maiores erros observados no processo de fenação serão relatados a seguir. O processo de fenação nunca acrescenta nada ao material original. Assim sendo se o capim a ser ceifado for passado, descolorido, praguejado e fibroso, seu feno correspondente apresentará obrigatoriamente essas características indesejáveis. Quando se fornece esse material para o cavalo e, obviamente, ocorre rejeição, atribui-se imprópria e genericamente ao fato de que “equinos não gostam de feno de gramínea”. Relaciona-se diretamente com o ítem anterior. Observa-se na grande maioria das propriedades que o processo de fenação se dá principalmente de março/abril até setembro. Essa época coincide com a ausência de chuvas, mas o capim já floresceu, amadureceu e quase sempre perdeu o valor nutritivo! O processo de fenação deve obrigatoriamente coincidir com a época de maior crescimento vegetativo da gramínea, ou seja, de outubro a março. Deve-se cortar uma área cujo tamanho permitirá realizar todo o processo de fenação no máximo em dois dias. Observa-se que na maioria dos haras, a área ceifada ‘so permite a conclusão dos trabalhos 4-5 dias após a ceifa, o que logicamente aumenta os riscos de perda no campo. As áreas que são fenadas implicam a exportação total dos nutrientes, pois não há forma de reciclagem dos mesmos. As adubações devem ser realizadas após cada corte e sempre com critérios técnicos. Uso da irrigação :Para uma forrageira tropical produzir é necessária uma combinação de luz (foto-período), temperatura e água. Qualquer um desses fatores, se porventura ausente, compromete o processo produtivo da pastagem. Por esse motivo não há razão técnica para se proceder a irrigação de pastagens tropicais visando produção invernal, uma vez que a água não é o único fator limitante (a temperatura é menor e a luminosidade também). A irrigação torna-se bastante interessante na formação de pastagens de coast-cross em áreas de grande infestação de braquiaria (formação durante o inverno).Erros na produção de alfafa : Ainda hoje, início do século XXI, encontramos propriedades e publicações que fazem e preconizam técnicas de produção de alfafa vigentes no século passado, na década de 20!! Catalogamos a seguir alguns erros. Infelizmente alguns pseudotécnicos insistem em menosprezar a técnica consagrada da inoculação da semente de leguminosa com o rizóbio específico. Além de prescindir da adubação nitrogenada, a simbiose resultante provoca maior qualidade nutricional da alfafa e maior longevidade do alfafal. Alguns haras procedem a inoculação corretamente, mas por ignorância ou má-fé adubam em cobertura o alfafal com nitrogênio (nitrocálcio ou similar). Quando se procede a adubação nitrogenada do alfafal provoca-se a morte do rizóbio, cessando, portanto, os efeitos positivos da simbiose. Muita ênfase é dada para os elementos e cálcio e fósforo que, a despeito de sua indiscutida importância relegam a segundo plano nutrientes como o potássio e boro, reconhecidamente fundamentais no processo de produção da alfafa. Adubações orgânicas, embora bem-vindas, não procedem milagres e resultam, na maioria das vezes, em alfafais pouco produtivos e com alta infestação de ervas daninhas. Alguns haras cometem absurdos de se proceder adubações foliares de macro-nutrientes, onde o nitrogênio quase sempre está presente. A recomendação da adubação foliar com micronutrientes só se justifica perante caso reconhecido de carência e/ou deficiência e que exija rapidez de ação. Qualquer outra situação evidencia desconhecimento técnico da cultura da alfafa. Cortes com alfanje :Com honrosas e raríssimas excessões o operador do alfanje é incapaz de proceder o corte do alfafal na altura recomendade que é no mínimo de 8 cm do solo. O uso contínuo do alfanje provoca ceifa da brotação basilar resultando em decréscimo no vigor da brota da alfafa e grande ocorrência de mortalidade das plantas estabelecidas. O corte deve ser realizado com máquinas apropriadas (segadora), reguladas para uniformidade de altura quando em operação. Juntamente com o alfanje, a enxada completa a dupla mais responsável pela degradação dos alfafais nas nossas condições. A enxada sempre afeta a área radicular e a região da coroa da planta, concorrendo para o aparecimento de infecções secundárias e morte das plantas. Deve-se evitar ao máximo o uso de enxada dando-se ênfase ao uso correto de herbicidas e, na pior das hipóteses, ao arranquio manual da invasora. Quando o alfafal é bem planejado na sua implantação, a ocorrência de invasoras é mínima e de fácil controle, dispensando o uso de mão-de-obra para manter limpa a cultura. Secagem inadequada :A alfafa é um produto nobre, caro e não deve ter seu valor nutritivo diminuído no processo de secagem e armazenamento. Raros são os haras que conseguem efetuar fenação a campo de modo satisfatório, de modo que a secagem artificial (à sombra, ou secador) é a mais utilizada. Observa-se que muitas propriedades procedem secagem excessiva, causando queda de folhas com consequente diminuição do valor nutritivo do feno. Outras fazendas associam a secagem inadequada com o corte tardio da alfafa, uma vez que interessa somente a produção/área e não a qualidade do produto. O comprador de feno de alfafa deve aprender a comprar o material pela qualidade nutricional que é dada pela conjunção de: análise bromatológica, coloração esverdeada, maciez ao tato, presença abundante de folhas e ausência de bolor e/ou processo fermentativo e ausência de material estranho. Finalizando os erros, cita-se ainda os preconceitos contra determinadas forrageiras que nada mais evidencia do que ignorância de suas aptidões agronômicas; a resistência na adoção de técnicas de controle de erosão (curvas de nível, terraceamento, etc) nas pastagens etc. Aos proprietários de haras e seus encarregados técnicos cabe a obrigação de aperfeiçoar o processo produtivo dentro de princípios racionais e econômicos, dando à “indústria do cavalo” sua real dimensão dentro do contexto zootécnico que se insere.
Claudio M. Haddad
Prof.Dr. Deptº Zootecnia ESALQ/USP
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
There is No Dis in Ability
Este video foi produzido pelo I.P.E.C e apresentado a F.E.I para a aprovação da modalidade equestre (dressage) como esporte paraolimpico .
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